Benin

Uma história de coragem; mariana desde a sua origem

A Evangelização do Benin teve início com os escravos africanos que estiveram no Brasil, e retornaram ao seu país, implantando o culto mariano descoberto em terras brasileiras ? isso, no início do século XVII. Esses cristãos devotavam vibrante amor à Imaculada Conceição e reuniam-se todos os sábados para rezar o santo Rosário, as ladainhas e o "Salve Rainha", em português, visto que chegavam do Brasil.

Em 1658, dez missionários espanhóis desembarcaram no golfo de Benin, trazendo um catecismo dedicado à Santíssima Concepção de Maria, em língua Espanhola e Arda. Porém, foram recebidos muito mais como colonizadores do que como mensageiros do Evangelho. Três missionários atingidos por grave enfermidade faleceram, e os outros sete receberam ordens para retornar à Espanha.

Em 1842, a Evangelização foi assumida pelos Padres do Espírito Santo e do Coração Imaculado de Maria, que chegaram a Ouidah e consagraram toda a costa ocidental da África a Maria Santíssima. Essa Evangelização soube respeitar o caráter agrícola da economia local, em Akatara; e as grandes celebrações marianas tornaram-se, além disso, temporadas em que se abençoavam os trabalhos agrícolas (assim como acontecia na Igreja síria-caldaica [sírios caldeus], desde tempos remotos).

Espiritualidade autóctone e universal

Benin concedeu à Igreja universal o Cardeal Bernadin Gantin, prefeito da Congregação para os Bispos e Deão do colégio dos Cardeais.

Benin suscitou, igualmente, grandes poetas que celebraram Maria profunda e intensamente. Citamos um canto popular, cujo autor se ignora, mas que é esplendoroso em todos os pontos de vista, revelando que a história vivida naquela região reúne todos os povos.

Observamos, em particular, que, em Porto Novo e em Ouida, a Igreja Católica do país possui grande abertura ecumênica e inter-religiosa.

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Attilio GALLI, Madre della Chiesa dei Cinque continenti, (Mãe da Igreja dos Cinco continentes) Ed. Segno, Udine, 1997.